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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Falta remédio no posto das Pedrinhas

Dona Maria de Fátima Carneiro está prestes a fazer 60 anos de vida e 50 anos de Pedrinhas. A sobralense sofre de problemas no estômago e precisa mensalmente de duas caixas do remédio Digeplus. Segundo dona Maria de Fátima, faz algum tempo que não recebe o medicamento na unidade de saúde do bairro. ``Cada caixa do meu remédio custa R$30 reais, eu vivo só com um salário mínimo da minha aposentadoria. Não aguento mais ter que comprar todo mês o remédio que não é mais distribuído no posto. O pior é que ninguém diz por que não tem mais´´, desabafou a aposentada claramente emocionada ao descrever a situação.

Sua a vizinha e amiga de Maria de Fátima, a dona de casa Maria Tereza Teixeira, afirma que também é mais uma vítima da falta de medicamentos no posto de saúde do bairro. ``Sou hipertensa, meu remédio custa R$45 reais. Não posso viver sem ele´´. Ainda sobre a problemática, a moradora das Pedrinhas diz que o tratamento recebido na unidade de saúde não é dos melhores. ``Esses dias eu fui lá e falaram foi assim, Já tá aqui de novo?´´, colocou em tom de indignação.

Estes e outros problemas foram identificados pela ação do movimento RENOVA Sobral, que na manhã desta quinta-feira (27) percorreu o bairro da Pedrinhas e pode conversas com a população. Outra questão muito colocada pelas moradoras do local, foi a falta de oportunidade dos jovens. Mãe de seis filhos e dona de casa, Francineuda Avelino confessa que 3 de seus filhos e a nora estão desempregados.``Fico morrendo de pena de ver meus filhos, tudo formado no segundo grau e curso técnico sem emprego. Até a minha nora tá sem trabalhar. Precisamos de empregos para a juventude. Aqui em casa é todo mundo querendo trabalhar mas não tem oportunidade´´, destacou a moradora da rua Benjamin, que disse ter fé em Deus e acredita que as coisas irão melhorar.

A falta de investimentos na infraestrutura do bairro também foi lembrada. Residente na rua da AABB, a costureira Zaira Maria Ribeiro, afirma que a 22 anos o local sofre devido a ausência de drenagem. Mesmo com o período de seca, a preocupação permanece. ``Aqui basta serenar que essa rua alaga. Minha casa parece um rio. A gente pede faz muitos anos que a prefeitura faça alguma coisa, mas até hoje, tem mais de 20 anos que eu moro neste mesmo endereço e nada foi feito´´.

Já para a filha de dona Zaira, a estudante Maria da Conceição Ribeiro, a ausência de equipamentos de esporte e cultura no bairro deveria ser uma prioridade da próxima gestão. ``Eu e meus amigos temos poucas opções de lazer aqui no bairro. Acho que se a pracinha tivesse mais equipamentos esportivos e se por aqui existisse alguma ação cultural nos finais de semana, o bairro seria mais seguro e agradável de se viver´´, destacou a adolescente que mora a 16 anos nas Pedrinhas.

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